Mercado da Cruz de Pau: um espaço em requalificação

Mercado da Cruz de Pau: um espaço em requalificação

Há cerca de quatro meses que o Mercado Municipal da Cruz de Pau está a sofrer uma profunda remodelação que vai permitir uma maior qualidade infraestrutural a vendedores e clientes.

O dia 6 de Abril foi aproveitado para uma visita municipal às obras que decorrem no Mercado da Cruz de Pau, na Freguesia de Amora. Desde Janeiro, que o espaço do edifício principal – onde se concentravam os vendedores de frescos (legumes e peixe) – está a ser alvo de profundas obras de remodelação.

“A nível da sua infraestrutura o mercado está a ser intervido a nível de água, luz, esgotos, instalações sanitárias e de câmaras frigoríficas”, descreve Manuel Araújo, presidente da Junta de Freguesia de Amora.

“O próprio espaço de venda passa a ter uma qualidade muito superior, os vendedores terão mais condições de segurança alimentar e de higiene e isso será uma mais valia para todos”.

As obras decorrem a bom ritmo e, de acordo com o autarca, “prevê-se que no final do mês de Abril estejam concluídas”, garante Manuel Araújo.

Concluída a 1ª fase de intervenção, que se traduz nas obras no espaço do mercado de frescos, o projecto prevê a continuação das obras, no espaço exterior. “A segunda fase é a parte do chamado mercado levante que também irá sofrer uma profunda remodelação a nível do espaço e das coberturas”.

As obras estão a ser efectuadas numa parceria entre Junta de Freguesia de Amora e Câmara Municipal do Seixal.

Estrutura provisória alberga comerciantes

Enquanto se processa a ampliação, melhoramento, beneficiação e reorganização do espaço do mercado e envolventes, a actividade do mercado de frescos continuou de forma provisória numa tenda instalada para o efeito.

Lúcia tem uma banca no mercado há já 35 anos. Para si esta mudança é vista com a expectativa normal de quem sempre se habituou às virtudes e vicissitudes da vida de mercado. “As condições são muito boas e os clientes vêm na mesma, e até se tem visto mais gente nova”.

A opinião é partilhada por outros colegas de mercado: Higina Silva (vendedora no mercado há 32 anos), espera que as melhores condições que o espaço renovado promete, sejam capazes de contrariar os efeitos negativos da pandemia - “que atacou muita gente”; já para Isilda, vendedora no mercado há três décadas e mais uma meia dúzia de anos, as instalações provisórias “melhores não podiam ser” e confessa que “felizmente, no seu caso, a clientela e o negócio não têm sofrido nem com a mudança nem com a pandemia”. Mas a expectativa do novo espaço assola-a e leva-a a confessar que espera “que sejam bastante boas porque já merecemos”.

O sábado continua a ser o dia mais forte do mercado. Mantendo as distâncias de segurança, os clientes parecem seguros e tranquilos ao fazerem as suas compras no espaço feito tenda.

A par de clientes de 20 anos, como o caso de Conceição Flores, que continua a “vir aqui às compras” e estar agradada “com as condições muito boas e amplas do espaço provisório”; há os clientes que vieram com a pandemia. Um desses casos é de Rui Paulo. “Comecei a vir aqui no início da pandemia, primeiro porque é ao ar livre e isso faz-me sentir mais seguro e depois porque as coisas são mais frescas”.

Quando questionado sobre a solução encontrada para o período de obras, mostra-se surpreendido: “para provisórias são óptimas as condições!”

Para Manuel Araújo, “este tipo de retorno, de comerciantes e clientes, é fruto do trabalho muito próximo que desenvolvemos com os vendedores, na procura de soluções para que o mercado de frescos continuasse a funcionar”.

“Os pequenos vendedores, são parte importante da economia local e representam uma franja da sociedade que têm sentido os efeitos colaterais associados à crise sanitária”, por isso, com estas intervenções, o presidente da Junta de Freguesia de Amora, espera “que este mercado – que sempre teve grande tradição e muita procura – possa renascer e voltar a receber os comerciantes e clientes”, reinventando-se para “as novas realidades que existem actualmente”.

A par disto, o mercado de levante, que estava suspenso desde Janeiro, por circunstância do Estado de Emergência, reabriu a 6 de Abril, cumprindo as medidas de segurança estipuladas pela DGS.

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